Jogadores polivalentes, retranca, correria e preocupação com a marcação isso não é nenhum esquema inglês, mas uma tática que não teve o reconhecimento merecido por ser criado na Suíça, país sem tradição no esporte. O ferrolho suíço foi usado por Rappan (conhecido como o Austríaco Louco) nas Copas de 1938 e 1954.
Karl Rappan tinha muitos amadores ao seu dispor e como eles não tinham muito tempo para treinarem por ter outros empregos, Karl criou uma tática com maior mobilidade (e mais responsabilidade) para os jogadores, exigia disciplina aos jogadores para se tornarem especialistas nas limitadas funções de sua posição.
Sua formação era uma pirâmide em um 2-3-5, a segunda linha de defesa era ao mesmo tempo meio-campo, Karl dividiu as funções dessa segunda linha entre os volantes e os meias-atacantes. Cada um tinha que marcar seu oposto do time adversário e os lances era criados em embates individuais.
Quando tinha a posse de bola o 2-3-5 se transformava em um 4-2-4, atacando as três linhas avançavam bastante, com a defesa chegando quase ao meio-campo, quando o adversário perdia a bola não tinha a opção do contra-ataque imediato porque os atacantes enfiados estarem impedidos.
Os quatro atacantes deveriam atrapalhar a armação do jogo adversário, dando tempo para os defensores recuarem. Este esquema abria Mao do domínio de meio-campo, o adversário confrontando com esse esquema tinham a tendência de tocar a bola de um lado para o outro sem ter como entrar na defesa parecendo ter o domínio do jogo, mas na verdade sem opções e sujeito a contra-ataques.
O esquema exigia jogadores velozes, inteligentes para compreenderem a estratégia, por que até os atacantes tinham funções de marcação. Ninguém usou o ferrolho suíço em outro país, mas foi o caminho para se criar o 4-4-2.