Não fosse a perspicácia de Messi, com um gol nos acréscimos, e o Barcelona teria perdido ontem para o Athletic Bilbao. Contra o time de Marcelo Bielsa, o treinador Pep Guardiola não conseguiu repetir os movimentos ofensivos que caracterizam o 4-3-3 avassalador do Barça, bloqueado pela estratégia do argentino.
Na prática, Bielsa sistematizou o Bilbao com um tripé de meio-campistas centrais, e dois wingers protegendo os laterais e tentando municiar o centroavante Llorente. Teoricamente um 4-2-3-1, conforme conferi em dois sites internacionais com muita credibilidade nas análises táticas, embora o não menos relevante Zonal Marking tenha apontado um 4-3-3 com triângulo de base alta.
Inturraspe foi o volante da esquerda, pouco mais recuado na comparação com Oscar à direita; Herrera completou o tripé central, por vezes abrindo posicionamento e deslocando-se para a esquerda, onde o Bilbao tentava controlar o lado forte do Barça.
Com este 4-2-3-1 repleto de movimentos e compensações, Bielsa exerceu pressão sobre os criativos do Barça. Xavi, Iniesta, Messi e Fábregas tiveram dificuldades para organizar as tabelas curtas e as infiltrações pelo chão, sempre perseguidos de perto pelos três meio-campistas centrais. Para evitar a participação de Daniel Alves (principalmente) ou de Abidal nestas transições ofensivas, o Bilbao teve “espetados” os wingers Susaeta sobre o brasileiro, e Muniain no francês.
Bielsa teve a estratégia facilitada pelo tempo – muita chuva, que tornou o gramado pesado e dificultou as tabelas do Barça. Inteligente, o treinador argentino abdicou da posse de bola para segurar as infiltrações do adversário, e nas transições apostou na bola longa para Llorente, centroavante de referência capaz de se adaptar à intempérie e ao campo enlameado para reter a posse e esperar o avanço das linhas.
Defensivamente, além da pressão sobre os pequenos criativos do Barça – alavancada pelo tripé de meio-campistas – o Bilbao manteve-se atento à criação de uma sobra defensiva com a permanência de um lateral na base do campo, geralmente o capitão Iraola na direita. Mesmo assim, o Barça teve a habitual posse superior a 60%, e quase três vezes mais oportunidades, com a qualidade no acabamento comprometida pela chuva e pela marcação do time da casa.
Eduardo Cecconi
http://twitter.com/eduardocecconi
http://globoesporte.globo.com/platb/tabuleiro/
Na prática, Bielsa sistematizou o Bilbao com um tripé de meio-campistas centrais, e dois wingers protegendo os laterais e tentando municiar o centroavante Llorente. Teoricamente um 4-2-3-1, conforme conferi em dois sites internacionais com muita credibilidade nas análises táticas, embora o não menos relevante Zonal Marking tenha apontado um 4-3-3 com triângulo de base alta.
Inturraspe foi o volante da esquerda, pouco mais recuado na comparação com Oscar à direita; Herrera completou o tripé central, por vezes abrindo posicionamento e deslocando-se para a esquerda, onde o Bilbao tentava controlar o lado forte do Barça.
Com este 4-2-3-1 repleto de movimentos e compensações, Bielsa exerceu pressão sobre os criativos do Barça. Xavi, Iniesta, Messi e Fábregas tiveram dificuldades para organizar as tabelas curtas e as infiltrações pelo chão, sempre perseguidos de perto pelos três meio-campistas centrais. Para evitar a participação de Daniel Alves (principalmente) ou de Abidal nestas transições ofensivas, o Bilbao teve “espetados” os wingers Susaeta sobre o brasileiro, e Muniain no francês.
Bielsa teve a estratégia facilitada pelo tempo – muita chuva, que tornou o gramado pesado e dificultou as tabelas do Barça. Inteligente, o treinador argentino abdicou da posse de bola para segurar as infiltrações do adversário, e nas transições apostou na bola longa para Llorente, centroavante de referência capaz de se adaptar à intempérie e ao campo enlameado para reter a posse e esperar o avanço das linhas.
Defensivamente, além da pressão sobre os pequenos criativos do Barça – alavancada pelo tripé de meio-campistas – o Bilbao manteve-se atento à criação de uma sobra defensiva com a permanência de um lateral na base do campo, geralmente o capitão Iraola na direita. Mesmo assim, o Barça teve a habitual posse superior a 60%, e quase três vezes mais oportunidades, com a qualidade no acabamento comprometida pela chuva e pela marcação do time da casa.
Eduardo Cecconi
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