Mulheres no Esporte: Entrevista com Amanda Volotão

Anos atrás, uma mulher competindo em alguma modalidade esportiva, principalmente aquelas dominadas pelo universo masculino, era coisa quase rara e vista com bastante desconfiança. Porém, ao longo do tempo, a ala feminina foi enfrentando os tabus, tradições e barreiras, para fazer o que ama.

Você provavelmente já deve ter conhecido alguma menina que sonha em ser jogadora de futebol. Ou que até mesmo tenha algum desejo de praticar outra modalidade esportiva.

Agora, uma garota que tem o sonho de ser árbitra e assistente de futebol, você conhece?

Com 17 anos, Amanda é uma das várias meninas que estão dispostas a ingressar neste desafio. Carioca da gema, ela está no curso da EAFERJ Escola de Arbitragem da FERJ (Federação Carioca de Futebol).

Veja abaixo, a entrevista com Amanda Volotão. Ela nos conta um pouco como é o curso de arbitragem, os desafios que teve de enfrentar e mostra que a cada dia, o universo feminino ultrapassa barreiras no esporte e na vida.

Conte um pouco de como surgiu esse interesse em fazer o curso de arbitragem.

Isso veio de muito tempo. Além de sempre gostar do futebol, como torcedora, mais deixar bem claro que isso é passado, meu professor de Educação Física estava fazendo o curso e sabia que eu gostava muito de futebol e que também iria seguir seus passos pela área profissional, pois também estou fazendo faculdade de Educação Física, comentou comigo que estava fazendo esse curso e pergunto se eu estava interessada em fazer na mesma hora eu topei, então ele começou a me contar mais detalhes sobre o assunto e fiquei mais interessada ainda e acabei amando a idéia, então resolvi fazer o curso.

Como é o curso de arbitragem? Muitas meninas participam?

É maravilhoso, estou adorando fazer, o curso ele é dinâmico as aulas não são cansativas, pois o tempo todo você interage com os professores, tanto nas aulas praticas quanto nas teóricas.
Sim, são cerca de 18 meninas

Você sofreu algum preconceito por querer ingressar nesta carreira?

Não. Todos me apoiaram principalmente minha família e amigos. Alguns amigos até brincaram com a idéia falando assim: “Ai Meu Deus mulher apitando jogo aonde esse mundo vai parar”.
Mais é só na brincadeira.

Qual foi o melhor e o pior momento que você passou dentro do futebol?

O melhor são todos. Só de você estar ali praticando e fazendo uma coisa que você gosta tudo fica bem.

Acho que não tive o pior, porque até os xingamentos que vem da torcida, você acaba absorvendo como elogios... (risos)

Como você vê o interesse de meninas pelo futebol?

Vejo de uma forma normal, ate porque mulher gostar do futebol como torcedora, jogadora, bandeirando ou apitando não tem nada de mais qualquer um pode gostar.

Uma mulher na arbitragem sempre chama muita atenção no futebol, você vê isso como um incentivo ou uma dificuldade a mais?

Incentivo. Pois estamos mostrando para o mundo que nos mulheres estamos conquistando nosso espaço cada vez mais.

Para finalizar, deixe uma mensagem para as meninas que desejam ser arbitras ou bandeirinhas de futebol e que dica você pode dar a elas.

Meninas não desistam de seus sonhos sejam eles na área do futebol como em sua vida pessoal ou profissional, não deixe que as pessoas influenciem vocês.

Para querer ser uma arbitra ou bandeirinha tem que gostar muito, e não deixar as barreiras derrubarem vocês.

Agradecimento especial a Amanda pela ótima entrevista. Muito sucesso pra você hoje e sempre.

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