Na vitória da manhã desta quarta-feira sobre o Kashiwa Reysol o técnico Muricy Ramalho ofereceu um aperitivo daquela que, imagina-se, será a estratégia principal do Santos no confronto iminente com o Barcelona, decidindo o título Mundial de Clubes. Apesar da superioridade técnica de seus jogadores, a equipe brasileira preferiu esperar o adversário, oferecendo aos japoneses posse de bola, e com ela a falsa impressão de que era o Kashiwa quem controlava a partida.
Na prática, o Santos distribuiu-se no 4-4-2 com um losango no meio-campo. Henrique foi o vértice inicial, tendo Elano à direita e Arouca na esquerda. Sem a bola, este trio alinhava-se logo à frente da linha defensiva de quatro jogadores, formando um bloco de sete santistas a partir da intermediária defensiva:
Desta forma, o Kashiwa chegou a ter 60% de posse, mas sem infiltração. O mesmo, entretanto, aconteceu com o Santos. Com sete jogadores atrás da linha da bola, e Neymar recuando pela esquerda nos momentos de apoio do lateral Sakai em uma espécie de 4-4-1-1 em duas linhas britânicas, havia muito campo a percorrer nas transições ofensivas. Com os jogadores espassados, distantes, e longe do gol, restava ao Santos aproveitar a qualidade individual de seus três ofensivos: Ganso, Neymar e Borges.
Neymar atuou como de hábito, um líbero ofensivo sem região de campo rígida a ocupar. Partia da esquerda, como um atacante, buscando aproximações com Borges e Ganso – as únicas possíveis, em razão da distância entre eles e o tripé de volantes. Ganso demorou alguns minutos a entrar no jogo, mas depois conseguiu se encaixar entre as linhas japonesas, priorizando o passe curto à espera do avanço rápido de seus companheiros de frente.
No segundo tempo os laterais do Santos soltaram-se mais, até mesmo Durval na esquerda, e principalmente Danilo, passando para receber e trazendo consigo os apoiadores, respectivamente Arouca e Elano. Isso permitiu a Ganso mais inversões e lançamentos longos, fazendo o Santos subir na estatística e terminar com 48% de posse. Mas, com a restrição de infiltrações – pelo recuo das linhas e falta de opções de passe à frente da bola – os três gols saíram de conclusões da entrada da área – outro prelúdio de uma iniciativa, provavelmente, programada para surpreender o Barcelona: recuar sete jogadores, manter Neymar bloqueando a passagem do lateral, sair rápido em contra-ataque com três ofensivos, e agredir com chutes de fora e iniciativas individuais.
Eduardo Cecconi
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1 Com a Palavra:
O Santos tem sim um bom time, lógico que vai ter que se concentrar mais para enfrentar o Barcelona, que vai ter mais posse de bola, mas o Peixe pode usar o contra-ataque
Abraço
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