O Brasil de Telê Santana jogava em um clássico 4-4-2 brasileiro, com dois volantes e dois meias criativos. Já se partia da tendência lançada poucos anos antes, do “quarto homem do meio de campo”, provocada pelo recuo de um dos pontas. À época, o humorista Jô Soares até pedia com insistência: “bota ponta, Telê”. A opinião pública estava acostumada a ver times e seleções no 4-3-3, mas o Brasil se adaptava a um sistema que lhe caberia muito bem, e por longos anos.
A base tática tinha uma linha de quatro defensores, protegida por dois volantes. A zona de articulação contava com Sócrates pouco mais centralizado, enquanto Zico avançava preferencialmente pela direita. A compensação se dava no ataque, onde Éder era o ponta remanescente, pela esquerda, tendo Serginho na referência de área.
A estratégia era diversificada. Ambos os laterais apoiavam, principalmente Júnior, que ora passava pelo lado, empurrando Éder para o centro, ora fazia a diagonal, permitindo a Éder se utilizar do corredor. Os dois volantes - Falcão e Cerezo - com técnica acima da média para a função, exerciam a saída de bola sempre pelo chão.
O Brasil jogava de pé em pé, com variações de jogadas, aproximações, triangulações, passagens, infiltrações. Era uma equipe sincronizada em seus movimentos ofensivos. Com jogadores qualificados e inteligentes. Pouco previsível pelos adversários, embora algumas vezes vulnerável em função da própria vocação.
Dentro deste contexto, destoava o centroavante Serginho Chulapa. Telê não pôde contar com Careca e Reinaldo, dois jogadores que poderia participar destas combinações pelo chão, e também concluir. Serginho era apenas um definidor, oportunista, dependente dos demais. A eliminação, entretanto, logicamente não passa exclusivamente pela falta de um centroavante mais técnico. Mas este fator contribuiu, assim como a ausência de um goleiro de exceção, para a eliminação quase inacredítavel da Seleção para uma Itália que tinha o declinante gioco all’italiana.
Eduardo Cecconi
Redator de Esportes - clicRBS
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Ow amigão vlw a visita
Esses dias eu estava trocando de net tbm tava complicado.
Deixo meu email para envio da html do seu blog ou me passe o seu blz? helton.22@hotmail.com
Abraços
Ta ai um time que eu queria ter visto jogar! Com toda certeza!
BEijooo (Gabi)
Para mim, o Brasil de 82 jogava em um 4-5-1 (4-2-3-1 nos dias de hoje), com Sócrates fazendo o lado direito (mas com "permissão" de centralizar) e Zico ficava mais centralizado. Fiz um post sobre esse Brasil no meu blog também (http://paixaomundialfutebol.blogspot.com/2010/04/brasil-1982.html)
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