Sem o centroavante idealizado por ele – Alexandre Pato, lesionado – Mano Menezes modificou a estrutura tática da Seleção Brasileira na derrota de 1 a 0 para a Argentina, em amistoso disputado no Catar. Desfez o 4-2-3-1 habitual, adiantando os meias extremos e o articulador central até uma mesma linha ofensiva.
O resultado, para mim, foi um 4-3-3 com Ronaldinho Gaúcho centralizado. Sem ser um centroavante, e muito menos referência. Ele procurou jogar de costas para a linha defensiva, e às costas de Mascherano, volante aprofundado da Argentina. Lembrou-me função semelhante desempenhada por Diego no Wolfsburg. Pelos lados, Robinho e Neymar jogaram sobre os laterais Zanetti e Heinze, invertendo posicionamento do primeiro para o segundo tempo.
No meio-campo, um modelo parecido com o do Chelsea de Carlo Ancelotti: triângulo de base alta, mas com três jogadores de atribuições defensivas – um volante central (Lucas), e dois apoiadores combinando marcação e saída de bola (Ramires e Elias).
Com um atacante centralizado marcado pelo volante central argentino – Ronaldinho, espécie de falso nove – faltou ao Brasil ou a diagonal incisiva dos ‘pontas’ Neymar e Robinho, ou a passagem dos apoiadores. Isso porque, sem referência, o Brasil manteve os dois zagueiros argentinos desocupados, sem uma camisa amarela para vigiar, o que inviabilizou a criação de espaços. Ronaldinho foi marcado por Mascherano, e os laterais bateram com os atacantes de lado brasileiros. Zagueiros liberados.
No segundo tempo configurou-se um 4-4-2 em losango. Douglas recuou na comparação com Ronaldinho, fazendo em seu lugar a ponta-de-lança, e André substituiu Robinho, criando a referência. Mascherano continuou ocupado com Douglas, mas André passou a tirar um zagueiro argentino de lugar. Ainda assim, houve mais posse de bola do que contundência nas duas formações.
Não foi um jogo inspirado, apesar do bom debate tático que ele proporcionou.
Eduardo Cecconi
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2 Com a Palavra:
Ele está tendo sua chance. Não jogou muito bem contra a Argentina, mas mesmo assim conseguiu vários lançamentos que ninguém conseguiria. É craque, em um lance pode decidir o jogo, não foi o caso da partida da Argentina.
Abraços!
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