No último domingo o Guarani recorreu a uma estratégia bastante usual entre equipes de postura reativa no futebol: ‘espelhar’ o sistema tático adversário. Ou seja, aplicar no próprio time desenho idêntico ao do rival. O termo não é, na verdade, preciso. Se um técnico aplicar o 4-2-3-1 em oposição a outro 4-2-3-1, não haverá um ‘espelhamento’, embora o termo seja de uso comum – serão três meias contra dois volantes, portanto, não seria um espelho exato (o espelho do 4-2-3-1 seria o 4-3-2-1). Mas, coincidentemente para o assunto deste post, o 4-4-2 em losango é um dos sistemas cujo termo ‘espelhamento’ também se verifica na prática.
Vagner Mancini sistematizou o Guarani no 4-4-2 em losango, reproduzindo o que faz Renato Gaúcho no Grêmio. A estratégia é claramente reativa (planejada em função das ações do adversário). Com um trio de volantes, tentou bloquear a articulação tricolor. Maycon, centralizado, perseguiu Douglas; Paulinho combateu Lúcio, e Baiano jogou sobre Adilson; Diego, ponta-de-lança do losango, atuou no setor de Fábio Rochemback.
Quando há espelhamento, a teoria – e a prática confirma – diz que a qualidade técnica sobrepõe-se. Foi o que aconteceu no 3 a 0 do Grêmio. Preocupado demais em não deixar o Grêmio jogar, o Guarani viu seus volantes perderem os duelos. Douglas venceu Maycon, Lúcio não tomou conhecimento de Paulinho, e Adilson manteve Baiano sob controle. Para piorar a situação do Guarani, pela esquerda Lúcio constantemente inverte a função com o lateral Fábio Santos, o que indefiniu a marcação bugrina. Maycon e Paulinho acabaram cometendo faltas demais, recebendo amarelos, e no intervalo o Guarani – já perdendo parcialmente – variou para o 4-3-3, com a troca de Paulinho pelo atacante Pablo.
Eduardo Cecconi
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1 Com a Palavra:
O Rodrigo Carvalho,do Digão Futebol me falou de seu blog e agora sou seguidor do Futeblog tmb!
Blog muito bem escrito o seu,abraço!
fábio dias
delanospace@hotmail.com
@fogodiasfab
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