Infelizmente, não tenho Playstation 3. Por isso, conheci o PES 2011 apenas na última segunda-feira, graças ao convite do irmão @jeremiaswernek, setorista de Inter do UOL. Reiterei de início minha lógica inadaptação, já que não tenho hábito de jogar nem a versão 2010 do game no ps3 – e a diferença na jogabilidade e nos gráficos é brutal na comparação com meu obsoleto, mas muito querido ps2.
Para minha surpresa, entretanto, foi mais fácil encontrar caminhos no PES 2011 do ps3. Por isso, compartilho com vocês a sugestão tática que me proporcionou ser o artilheiro da tarde. No diagrama que ilustra o post está o Real Madrid, equipe que se mostrou muito efetiva no sistema que descrevo abaixo:
Sistematizei o time no 4-1-4-1. De início, tentei o 4-3-3 com o qual apavoro adversários no ps2, mas não deu certo. Como há uma grande imprecisão nos passes, e muita lentidão nas arrancadas e no domínio (os zagueiros parecem correr sempre mais) adiantar os pontas oferece a posse de bola ao adversário. A transição ofensiva não chega aos atacantes. Não funcionou.
Há dois caminhos, parece-me, principais para desestruturar as defesas – bola nas costas dos laterais, e infiltração central pelo chão com o centroavante. Por isso o 4-1-4-1 deu certo. Os laterais se adiantam automaticamente para marcar os meias-extremos, e dão espaços para este lançamento longo (é preciso calibrar a pontaria dos lançamentos e dos passes, seja com o ‘x’ ou o triângulo, porque na versão 2011 não há garantia de acerto a não ser que se encontre a força perfeita para a jogada).
Neste lançamento longo, o Real Madrid se dá bem com Kaká e Xabi Alonso centralizados (confesso que nem reparei se Khedira e Ozil estão no game, e se eles são bons jogadores virtuais). Kaká e Xabi Alonso lançam como ninguém. Cristiano Ronaldo e Di Maria encontram espaços e sempre aparecem livre nas costas dos laterais. Depois de receberem a bola nestes contra-ataques, aí é só arriscar a jogada certa – linha de fundo, diagonal, cruzamento, conclusão de média distância…
A infiltração pelo meio já era um caminho inteligente no PES 2010 do ps3. E continua efetiva, principalmente com centroavantes fortes e de alguma velocidade. Kaká e Xabi Alonso também funcionam desta forma. Higuaín não é nenhum Drogba (no ps2, eu jogo com o Chelsea), mas consegue ultrapassar a linha defensiva e sair na cara do goleiro também.
Sem a bola, o 4-1-4-1 funciona de duas boas maneiras. Na saída convencional do adversário, proporciona bloqueio duplo pelos lados, e triplo pelo centro. Ocupa os espaços (eu recuo bastante o posicionamento das duas linhas). E nos contra-ataques do oponente, o volante central faz a cobertura dos laterais, que são verdadeiras avenidas (e não dá para transformá-los em zagueiros – no ps2 eu jogo com linha de quatro CB). É só trocar a marcação para o volante central, e correr à caça de quem avança às costas do lateral, evitando que os zagueiros saiam da área.
O espaço de comentários fica aberto para outras impressões de quem jogou o PES 2011 no ps3, e tem novas sugestões…
Eduardo Cecconi
http://twitter.com/eduardocecconi
http://analisestaticas.wordpress.com/
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