Desde a saída de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid, Sir Alex Ferguson tem transitado por sistemas alternativos ao 4-4-2 em duas linhas. Ao invés do tradicional modelo britânico, buscou variações mais defensivas, no 4-5-1 em duas linhas com um volante entre elas (4-1-4-1) ou com um meia ofensivo à frente delas (4-4-1-1). Por muitas vezes, Berbatov e Owen ficaram no banco de reservas para a entrada de um meia-central cumprindo função defensiva – Anderson ou Scholes.
Mas em 2011 o técnico do Manchester United tem recuperado o 4-4-2 em duas linhas. Com Chicharito no grupo, e sem muitos lesionados, Sir Alex Ferguson repensou a elaboração do sistema tático dos Red Devils. Mesmo jogando fora de casa contra o Tottenham Hotspurs, no último final de semana, a equipe posicionou-se com dois atacantes: Rooney, mais à esquerda, e Berbatov centralizado. E Chicharito pronto para entrar, se necessário.
Na segunda linha, Giggs (esquerda) e Nani (direita) foram os wingers – os meias-extremos que avançam pela linha de fundo ou em diagonais incisivas com a bola, e reconstituem a linha com os volantes sem a posse. Por dentro atuaram Carrick e Fletcher, os titulares das funções centrais do meio-campo.
Isso não quer dizer, entretanto, que as alternativas táticas tenham sido descartadas. Ferguson ainda pode, conforme a circunstância do confronto (local da partida, relevância do campeonato, elenco disponível) passar Rooney para a extrema-esquerda do meio-campo em lugar de Giggs, empurrando Carrick para a sobra, e colocando Anderson no centro. Ou então recuar Rooney para fazer a ligação até Berbatov, ou Chicharito.
Certo é que, apesar do retorno ao 4-4-2, a estratégia do Manchester United segue ‘reativa’ – linhas próximas, agrupadas e recuadas; concessão da posse de bola ao adversário; rígida marcação por zona com pressão sobre a bola; e rápida transição ofensiva no lançamento longo, geralmente com inversão de lado, para os wingers.
Eduardo Cecconi
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