Neste final de semana a seleção da Alemanha venceu o Cazaquistão por 4 a 0, nas Eliminatórias da Euro 2012, mostrando-se fiel à boa base revelada no Mundial da África do Sul em 2010. Joachim Löw preserva não apenas o sistema tático e a escalação, mas também os movimentos coletivos que transformaram uma equipe de escola reconhecida pela vocação defensiva em uma equipe ofensiva.
O 4-5-1 com três meias ofensivos (ou 4-2-3-1) da Alemanha permanece, com destaque para os seis jogadores de meio-campo e ataque. Na primeira linha estão Schweinsteiger e Khedira; na segunda, Özil centraliza a articulação, com Müller e Podolski pelos lados; Klose é o centroavante de referência. Na linha defensiva, a seleção teve Lahm e Aogo nas laterais, Mertesacker e Badstuber na dupla de zaga.
Özil continua organizando os principais movimentos ofensivos, movimentando-se de lado a outro em busca de aproximações curtas com os wingers e com os laterais. Na direita, Lahm e Müller atacam em sincronia, assim como Aogo – pouco mais comedido – avança em auxílio a Podolski na esquerda. Além do aprofundamento das jogadas, os wingers também fazem diagonais para a área, e entram em rotação com Özil para inverter posicionamentos conforme as circunstâncias da partida.
E a equipe cria diversas compensações, segurando um ou outro lateral, para liberar seus volantes. Khedira e Schweinsteiger são apoiadores qualificados, que ultrapassam a linha da bola para receber em velocidade, desconstruindo os sistemas defensivos adversários pela imprevisibilidade do movimento. Desta forma, por exemplo, Khedira invadiu a área e fez a assistência do último gol.
Müller e Klose marcaram – duas vezes – cada. Além de Khedira, Özil – também duas vezes – e Schweinsteiger fizeram as assistências. Dois gols saíram de bola parada, outra boa arma ofensiva da Alemanha, privilegiando o posicionamento e o ‘know-how’ de Klose dentro da área.
Eduardo Cecconi
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