Patriotismo, Pra Que?

Como tradição aqui em casa, todos os domingos eu e meu pai assistimos vários jogos sem se importar se são nacionais ou internacionais, e claro vendo também o nosso Flamengo. E como sempre assistimos e conversamos sobre futebol, posso dizer que ele é um privilegiado, pois viu a era de ouro do Flamengo e tem uma grande admiração pelo super craque Zico.

E durante as nossas conversas durante o jogo a reclamação dele é bem explicita “hoje em dia tão nenhum craque no futebol brasileiro”, pra quem viu o Zico jogar acredito que ele tem o porquê reclamar e por isso só posso concordar com ele. A questão é a que todos entendemos, o futebol europeu é mais atrativo e lucrativo por isso os clubes brasileiros se desfazem dos seus jogadores.

Mas a facilidade que isso acontece é pelo fato dos clubes precisarem ter dinheiro nos cofres ou pela vontade do jovem jogador querer ir logo para o futebol europeu e assim conquistar dinheiro e fama? Digo isso por dois motivos, o primeiro é o fato de jogadores jovens serem vendidos para times europeus às vezes ate mesmo sem passar pelo time profissional em que atuava como aconteceu com os gêmeos Fabio e Rafael ambos revelados pelo Fluminense e hoje no Manchester United.

A outra questão eu venho observando a algum tempo nos programas esportivos em véspera de torneios de categorias de base como a Copa São Paulo, Sul-Americano ou Mundial quando tem as entrevistas com os jogadores e o repórter sempre pergunta “qual é o seu maior sonho?” e a grande parte das respostas sempre é “ser ídolo no Real Madrid ou no Barcelona”. Será que ser ídolo no time de coração e defender a Seleção não mais uma boa idéia?

Hoje em dia com o aumento da exposição dos times europeus na mídia a tendências é que os jovens se tornem cada mais simpatizantes dos clubes europeus e se espelhando em craques como Cristiano Ronaldo, Messi entre outros grandes jogadores que atuam lá fora. A resposta brasileira a isso é a repatriação de jogadores que foram ídolos lá e que hoje não estão tão em alta como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e entre outros.

Se a guerra de mídias dos times brasileiros será tão lucrativa quanto a dos times europeus ainda não sabemos, mas se o jovens jogadores aprenderem a honrar a camisa desde cedo ao invés de pensarem no bolso primeiro o Brasil vai voltar a terem grandes ídolos por mais tempo nos nossos clubes.

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