Não há erro no título do post. Não confundi os sujeitos. No final de semana o Santos empatou em 0 a 0 com o Americana na estreia de Muricy Ramalho mostrando o resultado apenas de conversas incipientes e poucos treinos. Não é, portanto, o primeiro Santos do treinador, mas sim uma primeira imagem de Muricy que ele deve em breve modificar.
O Santos iniciou a partida no 4-3-3, com triângulo de base alta no meio-campo. Linha defensiva com laterais alternando o apoio – Pará na direita, Alex Sandro na esquerda; Rodrigo Possebon de primeiro volante, como vértice inicial do triângulo do meio-campo, tendo à frente Danilo e Elano na base de armação – primeiro à esquerda, o segundo à direita; no ataque, Neymar e Maikon Leite abertos pelos lados, e Zé Eduardo de centroavante. No segundo tempo houve variações, com os ingressos dos meias-ofensivos Alan Patrick e Paulo Henrique Ganso nos lugares respectivos de Maikon Leite e Possebon – um atacante e um volante.
Mas este Santos não é o primeiro time de Muricy, e sim uma herança lógica dos trabalhos anteriores, principalmente de Dorival Júnior. Sem tempo para treinar, sem oportunidades para avaliar características dos jogadores, encontrando com isso um padrão para o elenco e adequando a estas constatações um sistema tático, melhor recorrer à familiaridade santista ao 4-3-3.
Ao final, entretanto, Muricy Ramalho fez estas ressalvas: não houve tempo para treinar. A base partiu do conhecimento transmitido pelos remanescentes da comissão técnica:
“Por isso, conversei muito com o pessoal da comissão técnica que já estava aqui para montar o time. Estou chegando agora e não dá para treinar como eu gostaria, em função do pouco tempo. Seria uma bobagem eu tentar impor os meus métodos tão rápido. Vamos com calma“.
Muricy destacou o fortalecimento defensivo, apesar do 4-3-3, impedindo o adversário de marcar e estancando o vazamento na área santista. Esta é a tendência: Muricy constroi seus trabalhos a partir da defesa. Nos treinos ele vai procurar os jogadores e o sistema tático que melhor se adaptarem ao pensamento de evitar o gol adversário, permitindo rápidas transições ofensivas, e apostando muito na bola parada.
Eduardo Cecconi
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