Dando sequência aos amistosos de pré-temporada, ontem o Milan utilizou seu time titular para empatar em 2 a 2 com os reservas do Inter, em torneio disputado na Alemanha. Com praticamente todos os principais jogadores, Allegri apresentou a formação tática que – presumo – será a preferencial para a próxima temporada.
O Milan distribuiu-se no 4-4-2 com meio-campo em losango, com tripé de volantes que permite o desdobramento – para quem gosta das quatro faixas de campo – em 4-3-1-2. Na linha defensiva, Zambrotta e Antonini foram os laterais, com Thiago Silva e Yepes de zagueiros; logo à frente, Ambrosini atuou como vértice inicial do losango, o volante mais defensivo, tendo Gattuso (direita) e Seedorf (esquerda) na segunda linha do setor; Robinho atuou como ponta-de-lança, vértice mais adiantado do losango, aproximando-se dos atacantes Pato e Ibrahimovic.
Mas Robinho, conforme a circunstância da partida, proporciona uma variação tática. Ele migra do centro para a ponta-direita, empurrando Ibrahimovic (ou Pato) para a ponta-esquerda, e centralizando Pato (ou Ibrahimovic, dependendo da alternância entre ambos) na referência. Um 4-3-3 que preserva o tripé de volantes.
Com esta movimentação, Robinho não pode ser considerado um ‘enganche’ – como os argentinos conceituam o meia organizador. Embora participe da articulação nas transições ofensivas, ele é um ponta-de-lança: um meia-atacante agressivo, mais voltado à conclusão e às tabelas com os atacantes do que propriamente à organização das jogadas. Tarefa semelhante pode ser cumprida pelo italiano Cassano, jogador com o qual Robinho deve disputar posição.
Quem organiza o time é Seedorf, distribuindo os passes do Milan a partir da centro-esquerda do losango, enquanto Gattuso exerce a função de apoiador mais defensivo, protegendo os avanços do lateral Zambrotta. Recuar Seedorf para que ele articule a transição ofensiva com espaço para observar o posicionamento e a movimentação dos atacantes é uma boa maneira de aproveitar a qualidade do holandês no passe longo e nas inversões, além de contar com sua perícia na segunda bola (rebote ofensivo).
Eduardo Cecconi
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