O Futebol Agradece

Na ultima quarta-feira o futebol presenteou os seus admiradores com uma partida digna de alta qualidade como nunca visto nesses últimos anos. Confesso que a única partida que deu tanta emoção quanto Santos x Flamengo foi a final da Liga dos Campeões em 2005 entre Milan x Liverpool (como foi falado na postagem “Eu Já Sabia (Baseado Em Fatos Reais)” a um tempo atrás).

O jogo estava recheado de bons jogadores, do lado do Santos tinha os badalados Neymar e Ganso junto com Elano (todos os três jogadores que sempre são convocados) e Arouca que vem passando por um bom momento (e que nunca é chamado), do lado flamenguista tinha a dupla Ronaldinho e Thiago Neves de onde pode se esperar muita qualidade.

Em 30 minutos de jogo o Santos já vencia o Flamengo por 3 a 0 sendo um gol foi de forma memorável, todos achavam que o time rubro-negro estava derrotado e jogaria pra não tomar mais gols um empate (ou quem sabe uma vitoria seria improvável e porque não impossível). Ai que começou a aparecer a brilhar a estrela do Ronaldinho, primeiro marcando o gol mais fácil com a camisa do Flamengo e logo depois cobrando o escanteio para o gol do improvável empate do Flamengo.

Antes do Flamengo empatar teve um gol perdido de forma impressionante pelo Deivid, um gol de cabeça do Thiago Neves e o pênalti perdido (de forma ridícula) pelo Elano. O segundo tempo começava 3x3 e todos se perguntavam se o jogo continua aberto como no primeiro tempo, e para responder isso o Neymar fez o quarto gol santista fazendo o jogo ficar favorável ao Santos.

Quando todos pensavam que agora o jogo estaria decidido o Ronaldinho resolveu aparecer marcando um gol de falta com a sua marca registrada (fazendo a bola passar por baixo da barreira) deixando assim o jogo empatado novamente e logo depois para virar a partida em 5 a 4. Assim terminaria um dos jogos mais emocionantes dos últimos tempos.

Fico feliz pelo futebol de qualidade apresentado, fico feliz pelo meu time ter vencido de forma memorável pena que jogos assim hoje em dia são raros do tipo que a gente agradece por estar vivo para presenciar tal feito. Quem viu, viu e quem não viu só posso lamentar.

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Robinho comanda variação tática no Milan

Dando sequência aos amistosos de pré-temporada, ontem o Milan utilizou seu time titular para empatar em 2 a 2 com os reservas do Inter, em torneio disputado na Alemanha. Com praticamente todos os principais jogadores, Allegri apresentou a formação tática que – presumo – será a preferencial para a próxima temporada.

O Milan distribuiu-se no 4-4-2 com meio-campo em losango, com tripé de volantes que permite o desdobramento – para quem gosta das quatro faixas de campo – em 4-3-1-2. Na linha defensiva, Zambrotta e Antonini foram os laterais, com Thiago Silva e Yepes de zagueiros; logo à frente, Ambrosini atuou como vértice inicial do losango, o volante mais defensivo, tendo Gattuso (direita) e Seedorf (esquerda) na segunda linha do setor; Robinho atuou como ponta-de-lança, vértice mais adiantado do losango, aproximando-se dos atacantes Pato e Ibrahimovic.

Mas Robinho, conforme a circunstância da partida, proporciona uma variação tática. Ele migra do centro para a ponta-direita, empurrando Ibrahimovic (ou Pato) para a ponta-esquerda, e centralizando Pato (ou Ibrahimovic, dependendo da alternância entre ambos) na referência. Um 4-3-3 que preserva o tripé de volantes.

Com esta movimentação, Robinho não pode ser considerado um ‘enganche’ – como os argentinos conceituam o meia organizador. Embora participe da articulação nas transições ofensivas, ele é um ponta-de-lança: um meia-atacante agressivo, mais voltado à conclusão e às tabelas com os atacantes do que propriamente à organização das jogadas. Tarefa semelhante pode ser cumprida pelo italiano Cassano, jogador com o qual Robinho deve disputar posição.

Quem organiza o time é Seedorf, distribuindo os passes do Milan a partir da centro-esquerda do losango, enquanto Gattuso exerce a função de apoiador mais defensivo, protegendo os avanços do lateral Zambrotta. Recuar Seedorf para que ele articule a transição ofensiva com espaço para observar o posicionamento e a movimentação dos atacantes é uma boa maneira de aproveitar a qualidade do holandês no passe longo e nas inversões, além de contar com sua perícia na segunda bola (rebote ofensivo).

Eduardo Cecconi
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North London Derby

O “Grandes Clássicos” vai a Inglaterra para conferir um dos mais tradicionais clássicos local, a rivalidade entre Arsenal e Tottenham mexe com os torcedores de ambas as equipes. A primeira partida entre eles aconteceu em 19 de novembro de 1897 com a vitória do Tottenham por 2 a 1.

Essa partida só teve ares de rivalidade em 1913 quando o Arsenal se mudou para o norte de Londres para jogar em Highbury que fica próximo ao White Hart Lane estádio do Tottenham, a primeira partida após esse fato aconteceu em 22 de agosto de 1914 que teve a vitória do Arsenal por 5 a 1.

Em 1919 essa rivalidade ficou mais intensa após polêmica votação das vagas na primeira divisão inglesa, que promoveu o Arsenal e rebaixou o Tottenham, enfurecendo seus diretores e torcedores.

O Arsenal fundado em 1886 é um dos principais times da Inglaterra, apesar de não ter títulos internacionais de expressão o time londrino é um dos grandes clubes ingleses tendo conquistado uma Recopa Europeia, 13 Campeonatos Inglês (sendo um deles invicto e sendo o único time a conseguir isso na Inglaterra), 10 Copas da Inglaterra, 2 Copa da Liga Inglesa e 12 Supercopas da Inglaterra.

O Tottenham que foi fundado em 1882 não é tão vitorioso no país quanto o seu rival Arsenal, mas possui 2 Copas da UEFA, uma Recopa Europeia, 2 Campeonatos Inglês, 8 Copas da Inglaterra, 4 Copas da Liga Inglesa e 7 Supercopa da Inglaterra.

Estatísticas Gerais
Partidas: 170
Vitórias do Arsenal: 71
Vitórias do Tottenham: 52
Empates: 47

Total De Gols
Gols do Arsenal: 265
Gols do Tottenham: 229

Última Partida
Tottenham 3x3 Arsenal no dia 20 de maio de 2011

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Ronaldo candidato a melhor jogador na Europa

O avançado português Cristiano Ronaldo é um dos três candidatos a ganhar a primeira edição do prémio UEFA para "Melhor jogador a atuar na Europa". O avançado do Real Madrid concorre com Lionel Messi e Xavi. Estes três nomes saíram de uma votação feita por 53 jornalistas (um de cada país da UEFA).

Fora da votação final, que será realizada por sistema eletrónico durante o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, no Mónaco, ficaram Iniesta e o avançado Falcão, do FC Porto, que foi o quinto mais votado na eleição. Na derradeira votação, cada jornalista entregará 5, 3 e 1 pontos a cada um dos três candidatos.

Este novo troféu substitui o de melhor jogador da UEFA, prémio conquistado em 2010 por Diego Milito. Cristiano Ronaldo, por seu turno, já venceu este galardão em 2008, ano em que foi também melhor jogador do Mundo.

Confira as restantes posições:

4.º Andrés Iniesta (Espanha/Barcelona), 33 pontos
5.º Falcão (Colômbia/FC Porto), 17
6.º Wayne Rooney (Inglaterra/Man United), 15
7.º Nemanja Vidic (Sérvia/Man. United), 5
8.º Zlatan Ibrahimovic (Suécia/AC Milan), 4
9.º Gerard Piqué (Espanha/Barcelona), 4
10.º Manuel Neuer (Alemanha/Schalke 04), 3

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Futebol europeu.

Vou fazer uma análise ao que se passa actualmente no futebol europeu, vou começar por Portugal.

O actual campeão, Futebol Clube do Porto tem-se portado bem na pré-temporada e dado boas indicações.

O Benfica não tem jogado tão bem, muitos erros cometidos na defesa e muito por culpa da Copa América, que levou quase toda a defesa titular ao Benfica.O Sporting, está cada vez melhor, tem-se portado muito bem e é um candidato muito forte ao título de campeão português.

Em Espanha, o Real Madrid tem vencido todos os jogos que tem realizado nesta pré-época e com mais uns ajustes é uma forte ameaça ao Barcelona, com Mourinho tudo pode acontecer.

O Barcelona ainda só fez um jogo porque muitos dos seus jogadores estiveram na Copa América, empataram contra o Hadjuk da Croácia num jogo muito fraco, juntamente com o Real Madrid é um forte candidato ao título.

Em Ingaterra o Chelsea tem ganho todos os jogos mas tem sido criticado pela falta de finalização, o Manchester United também tem ganho todos os jogos com boas exibições e muitos golos.

Com o começo dos campeonatos virão mais análises aos campeonatos europeus.

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Pavel Nedvěd

O quadro “Craques Esquecidos” homenageia um dos grandes jogadores da historia do futebol mundial, Nedvěd se destacou pela sua técnica e a facilidade em chutar a bola com a mesma força com ambas as pernas, sendo ídolo no seu país e nas poucas equipes em que jogou.

Pavel Nedvěd nasceu em Cheb no dia 30 de agosto de 1972, começou a sua carreira futebolística em 1991 jogando no Dukia Praga marcou 13 gols em 19 jogos e logo chamou a atenção do Sparta Praga. Um ano depois de se tornar profissional foi para o Sparta Praga onde jogou de 1992 até 1996 sendo tricampeão nacional e marcou 28 gols em 117 jogos.

Em 1996 se transferiu para a Lazio onde ganhou a Copa da Itália 1997-98 e 1999-00, a Série A em 1999-00, a última Recopa Européia realizada marcando o ultimo gol da historia da competição na vitória da Lazio por 2 a 1 sobre o Mallorca. Pelo time da capital italiana Nedvěd marcou 82 gols em 204 partidas.

Nedvěd foi para a Juventus em 2001 pelo preço de €41 milhões com a missão de substituir Zidane, pelo maior time da Itália o jogador tcheco teve a sua melhor fase ganhando vários títulos individuais, pelo clube conquistou a Supercopa da Itália em 2002 e 2003, o Campeonato Italiano em 2001-02 e 2002-03 e o Campeonato Italiano da Série B em 2006-07.

Na Juventus o meio-campo jogou de 2001 a 2009 quando encerrou a sua carreira profissional em uma partida contra a Lazio, marcou 65 gols em 282 partidas. Estreou pela seleção do país em 1994, jogou a Eurocopa de 2004 e a Copa do Mundo de 2006, pelo seu país jogou 91 partidas e marcou 18 gols.

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Energia de Todas as Torcidas - Dá-lhe! Dá-lhe! Dá-lhe Coxa-branca!!

Por Flávio Frasqueti

A Petrobras entra em campo para registrar a emoção das torcidas no Campeonato Brasileiro. Em diferentes cenários, com sotaques e rituais. Histórias que contam a expressão máxima da pelo futebol.

Quando pensamos no futebol paranaense, logo vem à cabeça o Coritiba, um grande clube que comemorou seu centenário recentemente, tem muita história pra contar e uma torcida vibrante conhecida por encher o estádio Couto Pereira em todos os jogos.

A série Energia de Todas as Torcidas, da Petrobras, não poderia deixar de lado e foi até lá conferir bem de perto a energia dessa torcida embalada por um ano em que o time não pretende decepcionar: mostrou belíssimo futebol na Copa do Brasil, com direito a goleadas históricas daquele tipo que os apaixonados pelo esporte adoram assistir, e o mais importante: voltou a disputar a Série A do Campeonato Brasileiro, competição em que foi o primeiro campeão de seu estado.

De identificação popular durante toda sua história, longe das divisões de classes e raças, a torcida do Coritiba ganhou um simpático apelido: Coxa, ou Coxa-branca. A denominação surgiu em 1941, enquanto a dupla Atlético Paranaense e Coritiba decidia um campeonato regional pela primeira vez. Durante o jogo, o dirigente do Atlético gritava “coxa-branca” a todo instante, referindo-se ao jogador alemão Hans Egon Breyer que, ao invés de encarar como ofensa, fez disso um incentivo para o time, sendo incorporado pelos demais jogadores e pelo clube como marca da torcida do Coritiba até hoje.

Sabendo disso, a Petrobras registrou a força da torcida coxa-branca, que lota os estádios e comemora seus tentos e vitórias com "Dá-lhe! Dá-lhe! Dá-lhe Coxa-branca!!". Levados pelo ritmo da bateria que é o verdadeiro coração do Alto da Glória e pela paixão vibrante que podemos sentir no olhar dos personagens que falam sobre sobre vida ao lado do Coritiba e que aqui representam a torcida que faz o seu time praticamente invencível dentro do Couto Pereira. Não deixe de assistir e curtir a energia dos guerreiros alviverdes!



http://www.energiadastorcidas.com.br/

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A Novela Onde Só Um Saiu Feliz

Durante esses últimos dias vimos mais uma “novela” do futebol brasileiro, a da possível ida do atacante Kleber ao Flamengo. Entre vai, não vai, não joga ou entra em campo vimos muitos capítulos dessa historia com direito a contusão, ofensas a diretoria e briga por “reconhecimento”.

E nessa briga de três lados apenas um saiu ganhando o próprio jogador que conseguiu exatamente o que queria apenas ter seu esforço “reconhecido” pela diretoria recebendo um bom aumento de salário. Apesar de ser flamenguista não acompanhei essa novela ( e mesmo assim achei isso uma falta de respeito a todas as partes), mas como todo mundo tem o direito de dar o seu pitaco também vou entrar nessa onda.

Como disse o único que saiu ganhando foi o Kleber, que conseguiu convencer a diretoria a negociar o seu tão brigado aumento de salário sem precisar se transferir e repetir uma situação semelhante de quando jogava no Cruzeiro e armou um circo parecido para voltar ao Palmeiras.

Com medo de perder um dos seus principais jogadores do seu elenco limitado, o Palmeiras aceitou todos os atos de indisciplina e ainda chegou a um acordo com o jogador, o que não sabemos se a cúpula palmeirense e o Felipão vão continuar se dobrando a cada capricho do atacante.

Já o Flamengo não conseguiu contratar o Kleber e ninguém para ocupar a vaga de goleador do time, basta ao rubro-negro se virar com os que permaneceram lá e torcer que o novo contratado Jael faça os gols que o time carioca precisa. E não percam a próxima novela, pois no futebol de hoje em dia tudo vira novela.

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Barcelona confirma Bojan na Roma

O Barcelona anunciou hoje o acordo com a Roma para a cedência de Bojan. O clube italiano pagou 12 milhões de euros para contar com o reforço até ao fim da temporada 2012/2013. O contrato prevê o regresso do avançado ao clube catalão, com uma cláusula de nova compra obrigatória fixada em 13 milhões de euros.

A negociação entre Roma e Barcelona, que se arrasta há cerca de um mês, foi concluída esta sexta-feira, anunciou o clube catalão no seu site oficial. Bojan deixa Espanha e segue para Itália procurando mais espaço entre os titulares.

A Roma pagou 12 milhões de euros pelo novo reforço, mas pode reaver o dinheiro no final da temporada 2012/2013. No contrato foi estipulada uma cláusula de nova compra obrigatória pelo Barcelona no valor de 13 milhões de euros. O clube romano pode exercer o direito de compra em definitivo no final do contrato, mas o valor total do negócio sobe para 40 milhões de euros.

Bojan chegou à equipa principal do Barcelona como uma das maiores promessas dos escalões de formação do clube. O avançado de apenas 20 anos nunca conseguiu afirmar-se entre os titulares e com a chegada do chileno Alexis Sánchez perderia ainda mais espaço no plantel catalão.

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Grécia Campeã Da Eurocopa 2004

Em 2004 exatamente no dia 4 de julho acontecia uma das maiores zebras da historia do futebol mundial, a improvável Grécia se tornava campeã européia derrotando grandes seleções e porque não inventando moda com a sua retranca que ganha (como foi falado na postagem “Será Tudo Culpa Do Otto Rehhagel?”).

Na primeira fase a seleção grega ficou no Grupo A estreando contra os anfitriões portugueses com uma vitoria por 2x1, na segunda partida empatou em 1 a 1 com a seleção da Espanha e na ultima rodada da primeira fase perdeu para a Rússia por 2 a 1. A Grécia se classificou para a segunda fase com 4 pontos e por ter se saído melhor que a Espanha nos critérios desempate.

Nas quartas-de-final a Grécia enfrentou a França que em minha opinião foi a melhor partida da seleção grega com grande atuação do lateral Seitaridis, e venceu a poderosa seleção francesa por 1 a 0 gol marcado pelo atacante Charisteas. Na sem-final a Grécia enfrentou a boa seleção da Republica Tcheca, em uma partida difícil os gregos venceram novamente por 1 a 0 com o gol saindo na prorrogação.

Depois de surpreender a todos a Grécia chegou a final para enfrentar novamente os donos da casa a seleção de Portugal tentou de todos os jeitos furar a retranca grega, mas depois de um cruzamento na área Charisteas fez o gol que deu o titulo inédito aos gregos.

Com esse feito a Grécia entrou para o grupo das seleções campeãs continentais e contou com 5 jogadores na seleção da Eurocopa (o goleiro Nikopolidis, os defensores Dellas e Seitaridis, o meio-campo Zagorakis e o atacante Charisteas) e teve o melhor jogador da competição (o meio-campo Zagorakis).

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Corinthians lidera com atenção especial aos desarmes

Não foi fácil – e somente os resultados recentes permitiram isso – para Tite ver sua filosofia de jogo aceita em São Paulo. Estudioso, vê na teoria tática uma ciência a ser aplicada. Por isso carrega em seu discurso, por vezes ironizado na tentativa de se superficializar a análise (aprofundar é mais cansativo, convenhamos), tantas terminologias. Busca, sem ser clichê, o equilíbrio – que parte, necessariamente, da eficiência simultânea entre defesa e ataque.

É desta forma que o Corinthians se mantém na liderança invicta do Campeonato Brasileiro, com oito vitórias em nove jogos: esmerando-se na marcação e no combate tanto quanto na transição ofensiva. No sistema tático 4-5-1 com três meias (ou 4-2-3-1) descrito no diagrama tático que ilustra o post, venceu o Inter ontem por 1 a 0, escore que de forma alguma trará insônia a Tite. Não há constrangimento em vencer pelo placar mínimo, desde que se alcance a vitória.

Tite ampara a segurança da melhor defesa da competição – apenas 4 gols sofridos – no trabalho dos volantes Ralf e Paulinho. À frente da linha defensiva, eles dão suporte ao quarteto ofensivo ‘carregando o piano’ entre as intermediárias. Ralf pouco mais recuado, à esquerda, enquanto Paulinho comporta-se como um segundo volante – um apoiador, que combate e avança, mais à direita.

Contra o Inter, mesmo no Pacaembu, a posse de bola corintiana foi inferior – 47%. Mas a segurança defensiva foi absoluta. 9 oportunidades criadas, contra apenas 4 do rival, e uma estatística impressionante nas recuperações de bola: 51 (sendo 19 desarmes diretos), frente a 33 (sendo 15 desarmes diretos) dos colorados.

Não à toa, o Corinthians é a equipe que mais realiza recuperações de posse de bola no Brasileirão: em nove rodadas, soma 446 (sendo 137 desarmes). E o que é mais importante, acima de tudo, para atingir este índice? Organização, fidelidade dos jogadores ao posicionamento inicial e à recomposição da formação tática sem a bola, aplicação de todos no cumprimento das atribuições defensivas, com ocupação inteligente de espaços e comprometimento nas coberturas eventualmente necessárias. Contexto que tem nas figuras de Ralf e Paulinho os protagonistas.

Contra o Inter, que atuou no predileto 4-4-1-1 de Falcão – saiba como – Ralf realizou 15 recuperações, e Paulinho outras 9. Os campeões do jogo neste fundamento. No lado colorado, o principal interceptador dos adversários foi Guiñazu, com apenas 7 recuperações – menos da metade de Ralf. E com um detalhe interessante: o Corinthians teve menos posse, realizou 51 recuperações, e precisou cometer apenas 10 faltas em todo o jogo. Ou seja, os desarmes são executados de forma limpa.

Reitero a constatação, para concluir a análise do bom desempenho do Corinthians neste 4-2-3-1: a equipe de Tite consegue alcançar o maior índice de recuperações de bola com desarmes limpos, e se mantém como a melhor defesa, em função da boa distribuição dos jogadores. Um time organizado comete poucas faltas e desarma mais porque os jogadores estão ocupando os espaços certos.

Eduardo Cecconi
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Hora Das Desculpas Que Não Convencem A Ninguém

Domingo aconteceu um dos jogos mais bizarro (se assim podemos dizer) que a Seleção já fez sendo comparado a perder pra 9 jogadores de Camarões ou até aquele jogo em que o Brasil perdeu para Honduras (ou talvez eu esteja só exagerando). Como de costume, logo após os jogos da Seleção eu sempre trazia o meu comentário sobre o time canarinho.

Mas nessa Copa América resolvi fazer diferente, esperei para ver o desempenho do time pra fazer um comentário mais apurado (parecendo até que o eu irei falar não fosse uma coisa que eu já falava desde a existência desse blog), depois de passar por uma certa “dificuldade” o Brasil conseguiu se classificar em primeiro do seu grupo e assim seguir na Copa continental.

O adversário foi o mesmo Paraguai que na primeira fase não ganhou do Brasil por azar já que foi muito melhor que a Seleção, na fase de mata-mata o adversário brasileiro não jogou diferente mostrou presença em campo jogou de igual. A diferença que dessa vez o Brasil tava melhor e só não ganhou por aquele mesmo azar que teve a seleção paraguaia no primeiro encontro.

Com o empate no tempo normal e na prorrogação a partida foi para os pênaltis e terminou daquele jeito vergonhoso para os brasileiros (e acho que para a alegria do Palermo). Mas o que é bem engraçado é que todos acham mais fácil culpar algo que (para mim não serviu de justificativa) do que assumir “fomos incompetentes e não jogamos porcaria nenhuma nessa Copa América”.

A desculpa para não ter acertado as cobranças foi o campo ser ruim (concordo), mas porque ninguém do Paraguai reclamou e acertou pelo menos duas cobranças? O time não foi bem porque a pressão em cima dos jovens jogadores pode ter atrapalhado, mas esse não era o time que todos queriam?

E aquele velho problema que sempre falo, o Mano está sendo que um sucessor em todas as filosofias do Dunga pra uma Seleção pentacampeã mundial que representa um país que se diz a terra do futebol é inadmissível ver um certo narrador torcer “para esperar o adversário vir para cima e assim deixar espaços para os nosso craques criarem”, e se não tiver espaço como vai ser?

É Brasil a Copa vem ai, e o progresso que o atual treinador insiste em dizer esta meio complicado de se notar, até porque todos evoluíram até a Venezuela evoluiu (considerando que a pouco tempo eles eram o saco de pancadas nas Eliminatórias hoje estão nas semi-finais). Espero que o Brasil tenha aprendido que os craques tenham aprendido e que a imprensa tenha aprendido e no jogo contra a Alemanha espero que entrem em campo com a chuteiras ao invés de salto alto.

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No 4-3-3, Argentina valoriza a posse de bola em espaço curto

Sérgio Batista manteve a estrutura tática da Argentina, na vitória de ontem sobre a Costa Rica por 3 a 0, mas qualificou a posse de bola criando um grande repertório de movimentos ofensivos. Di Maria, Agüero e Higuaín foram os coadjuvantes das trocas de posições lideradas por Messi, com uma atuação digna do melhor do mundo.

Inicialmente, a Argentina se utilizou de um 4-3-3 com triângulo de base alta no meio-campo. Mascherano foi o vértice defensivo, com Gago pouco à direita, e Di Maria articulando pela esquerda. No ataque, Messi cumpriu a função do ‘falso nove’, partindo da região central para ocupar diversas faixas ofensivas em sincronia com os demais, tendo Agüero na ponta esquerda, e Higuaín fazendo as diagonais da direita para a área.

Na prática, entretanto, a movimentação ofensiva de Messi proporcionou pelo menos 4 variações além do 4-3-3 original:

1) Messi recua para buscar jogo, com Agüero e Higuaín se aproximando, formando o 4-4-2 em losango típico da Argentina (formação que se repetiu no segundo tempo, quando Biglia e Gago formaram a segunda linha, tendo Pastore de enganche, Messi e Lavezzi no ataque);

2) Messi recua para buscar o jogo, e Di María avança pelo centro, ocupando este espaço na inversão de posições entre ambos (assim nasceu o terceiro gol);

3) Messi recua para buscar o jogo, Di María abre pela esquerda, e empurra Agüero para o centro do ataque (assim nasceu o segundo gol);

4) Messi abre pela ponta direita, invertendo o posicionamento com Higuaín, que assume o comando ofensivo.

Sincronizando estes movimentos, sob a liderança de Messi, a Argentina teve 67% de posse de bola contra o 5-4-1 costa-riquenho. Sempre com pelo menos quatro jogadores ofensivos próximos, além do avanço dos laterais Zanetti e Zabaleta, e do rebote ofensivo de Gago (origem do primeiro gol), a seleção de Batista conseguiu controlar a bola com linhas de passes em regiões curtas de campo, sem recorrer à ligação direta.

Movimentar-se é a melhor maneira de desobstruir áreas congestionadas. Messi, Di Maria, Agüero e Higuaín entraram em rotação, e desta forma abriram espaços. Sempre com passes curtos. No total, a Argentina executou 454 passes, e errou apenas 31. Messi foi responsável por 64 passes, errando somente 4 (Gago liderou o número total neste fundamento, com 68 passes, e 6 erros).

Eduardo Cecconi
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A Verdade Que Ninguém Vê (Ou Pelo Menos Finge Que Não Vê)

Diz a lenda que uma seleção nacional reúne os melhores jogadores do país sendo convocados pelo melhor treinador do momento, pois bem se o fato é verídico é discutível até porque está lá a seleção que o “povo” quis chamado por um treinador que parece não saber muito o que fazer.

A Seleção esperou um bom tempo pelo Ganso o jogador que ia organizar e criar jogadas para que a sensação da atualidade Neymar marcar os gols ia ser um time bem ofensivo como nos velhos tempos uma coisa linda (na teoria). Mas o que estamos vendo é o que se repete a muito tempo, para quem acompanha o Futeblog a mais tempo vai achar que estou sendo repetitivo e que falo a mesma coisa.

Mas a verdade é que o Brasil deixou de jogar como Brasil desde o tempo do Parreira e o seu “Quadrado Trágico”, hoje em dia não conseguimos nos impor nem contra a Venezuela e nem contra o Paraguai. Muda formação, muda jogadores e vemos sempre o velho estilo de esperar a boa vontade de o adversário partir pra cima da Seleção pra deixar espaços e o Brasil de aproveitar deles.

Se tiver uma coisa boa nisso é que o treinador viu uma algo que acontece a quase 4 anos, viu que o atacante (ou qual seja a função dele no time) Robinho tava sobrando em inutilidade e o substituiu reforçando na criação agora só basta ver que o Ramires é o novo Gilberto Silva da era Mano Menezes sobra vontade, sobra pancada mas falta um pouco mais de produtividade.

Muitos reclamam de preciosismo da parte do Neymar sendo que ele as vezes sempre procura enfeitar um pouco mais do que fazer o simples, mas porque reclamar agora de uma atitude que o povo sempre “aplaudiu”? Porque cobrar uma coisa agora que todos da imprensa “incentivaram” ele a fazer?

A realidade é triste porem (acreditou eu) verdadeira, a Seleção dificilmente voltará ser aquela Seleção dos tempos áureos, ate porque ver um chutão do Thiago Silva (zagueiro) para o Pato (atacante) ser considerado uma “jogada ensaiada” mostra que a criatividade do Brasil vai se esgotando a cada jogo.

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Sobe E Desce

Começando uma série no Futeblog o “Futebol Brazuca” vem pra destacar o futebol brasileiro nos mais diversos campeonatos que tenha algum time brasileiro, sempre trazendo algum fato de destaque ou que mereça algum comentário. E pra começar nada mais justo falar do nosso Campeonato Brasileiro, mais precisamente sobre o jogo da última quarta entre Flamengo x São Paulo.

Mais que só uma partida, o confronto entre Flamengo e São Paulo sempre é tratado como certa rivalidade já que envolve um time de São Paulo contra um time do Rio de Janeiro. Ambos os times vinham de momentos diferentes pra essa partida, o Flamengo queria a vitoria pra embalar de vez no campeonato e o São Paulo queria afastar a crise e tentar acabar com a sequencia de duas derrotas seguidas.

Exceto pelos 10 minutos iniciais quando o São Paulo pressionou o time carioca, o Flamengo dominou a partida tendo varias oportunidades de gol. O São Paulo sem muita criatividade (pra não dizer nenhuma) só viu o Flamengo jogar e assim foi derrotado por 1 a 0 gol feito pelo argentino Bottinelli.

Com isso o Flamengo venceu a terceira partida seguida chegando a segunda colocação se candidatando de vez ao titulo desse ano, e espantando as duvidas sobre o time após os seguidos empates. Já o São Paulo entra de vez na crise e mostrando que se não conseguir resolver o problema dos desfalques, vai ter maiores problemas ao longo do ano.

O Flamengo enfrenta o Fluminense no domingo, o rival carioca vem se recuperando no campeonato e tem o grande desfalque Conca que foi embora para o futebol chinês, o tricolor paulista enfrenta o embalado Cruzeiro que no comando do Joel Santana não perdeu ainda.

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Roma Campeã Italiana 2000/01

O Futeblog trás mais uma equipe que entrou para o grupo dos “Times Que Fizeram História”, o time dessa semana vem da capital italiana e é muito conhecida aqui no Brasil. O time da Roma é um dos grandes times da Itália junto e já revelou grandes jogadores que fizeram e fazem parte da seleção italiana.

Apesar do time da Roma ser uma das maiores do país, as suas conquistas não acompanham a sua grandeza, desde a sua fundação em 22 de julho de 1927 o time romano conquistou apenas 9 Copas da Itália, 2 Supercopa da Itália, 1 Campeonato da Série B e 3 Campeonatos italianos sendo o último em na temporada 2000/01.

Naquele ano a equipe era treinada por Fabio Capello que já conquistou muitos títulos por vários clubes e atualmente comanda a seleção da Inglaterra. A equipe contava com três brasileiros o lateral Cafu, o meio-campo Emerson e o zagueiro Antonio Carlos Zago, faziam parte também os argentinos Samuel e Batistuta.

Completava o time base: Antonioli, Zebina, Tommasi, Candela, Montella e o grande jogador do time e um dos maiores da historia do clube o eterno camisa 10 Totti. Naquela temporada o time da Roma fez 74 pontos com 21 vitorias, 11 empates e apenas 2 derrotas marcando apenas 3 pontos a mais que a segunda colocada Juventus.

Parabéns ao Roma pelos 10 anos dessa conquista e que volte a levantar o troféu dessa importante competição européia.

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Chile se utiliza do 3-5-2 mais inteligente

Não é segredo que os sistemas com três zagueiros proporcionam uma ocupação desequilibrada de espaços no campo, tanto com a bola, como principalmente sem ela. O sistema de marcação costuma ser individual por função, por não haver como delimitar zonas, e na perseguição aos adversários as equipes se desorganizam, apelando à ligação direta nas transições ofensivas. Em resumo: quem joga no 3-5-2 ou no 3-6-1 tende a ser reativo, atuando em função do oponente, com menor posse de bola e sem articulação organizada.

Mas o Chile do técnico Borghi se utiliza de um 3-5-2 elaborado para compensar estes problemas de ocupação de espaços. Muito semelhante ao desenho tático da Udinese, onde jogam o ala Isla e o atacante Sánchez, o sistema chileno tem como principal virtude o posicionamento adiantado dos alas. É um 3-5-2 com ‘alas espetados’ no alto do campo ofensivo.

Isla na direita e Beausejour na esquerda atuam praticamente como wingers, meias-extremos alinhados ao articulador Matias Fernández, em suporte à dupla de atacantes Sánchez e Suazo. É um bloco ofensivo formado por cinco jogadores, que buscam aproximações e combinações para manter a posse de bola, evitando a ligação direta proporcionada pelos 3-5-2′s com alas lateralizados – há opções de passe, o time não recua demasiadamente.

O sistema defensivo conta com outros cinco jogadores. Os dois volantes, centrais e posicionados – Medel e Vidal, protegem o zagueiro da sobra, Ponce. A cobertura dos alas espetados se dá com os outros zagueiros, Contreras na direita e Jara na esquerda.

Quando o Chile perde a bola, tendo apoio simultâneo dos seus alas, com o meia e os dois atacantes, ambos os zagueiros adiantam-se para combater na divisória central, enquanto os dois volantes e o zagueiro da sobra fecham a entrada da área. Contra o México, o sistema funcionou – quando a equipe conseguiu a virada para 2 a 1, tinha maior posse de bola, e havia criado 16 oportunidades de gol, contra apenas 2.

Eduardo Cecconi
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